quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Contato

Na tarde desta quinta (25) recebi o seguinte e-mail.

Estou entrando em contato contigo pelo seguinte motivo: Sou estudante de História da PUCRS, aqui em Porto Alegre e músico. Tenho 21 anos. Estou desenvolvendo um trabalho com a seguinte temática: A I Califórnia da Canção Nativa e a Ditadura Militar. Achei esse assunto bastante instigante, afinal, realizar um festival no ano de 1971 não deve ter sido uma tarefa das mais fáceis.
Gostaria imensamente de poder trocar idéias com você sobre. Qualquer ajuda sua me deixará eternamente grato.

Grande Abraço!

Pedro Leão

Caro Pedro,

Fico muito grato pelo contato. A proposta desse blog, que em breve vai virar site (isso é novidade!), é agregar informações sobre a Califórnia. Terei a maior satisfação em publicar neste espaço teu trabalho acadêmico.

Abraço.

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Os personagens da matéria

A matéria foi ilustrada com três fotos. A apresentação de um grupo tradicionalista, além de cantor Lupicínio Rodrigues e do tradicionalista e promotor Henrique Dias de Freitas Lima.

Folha da Tarde

O extinto jornal Folha da Tarde publicou na edição do dia 27 de setembro de 1971, um texto sobre a Califórnia que aconteceria em dezembro daquele mesmo ano.

domingo, 21 de setembro de 2008

Cartaz

Nilo Jacques, da Secretaria de Turismo do Estado, organizou o concurso para a escolha do cartaz da 1ª Califórnia da Canção Nativa do RS. O vencedor foi Pedro Cigana. O tema usado no trabalho - a roda de carreta e o violão é até hoje a marca de todas as edições do festival.

Free

Na 1º edição da Califórnia o grupo Os Três Xirus e o Coral de Uruguaiana estiveram à disposição dos concorrentes para o acompanhamento musical e vocal, sem qualquer ônus para os participantes.

Jurados, imprensa e músicos foram hospedados no Hotel Glória, por conta da promoção feita com o CTG Sinuelo do Pago. As Tertúlias foram realizadas no Sinuelo, e sempre que havia necessidade cordeiros eram abatidos para matar a fome dos presentes.

Reflexão

Reflexão (Colmar Pereira Duarte e Júlio Machado da Silva Filho)

Para fugir a tristeza
Por buscar esquecimento
Desejei ser como o vento
Que vai passando sozinho
Sem repisar um caminho
Sem conhecer paradeiro
Quis ser nuvem ao pampeiro
Ser a estrela que fulgiu
Qui ser as águas do rio
Fazendo inveja às areias
Em seu eterno viajar!

Um dia cansei de andar
E desejei novamente
Em vez de rio ser barranca
En vez de vento, moirão
Em vez de nuvem, semente
Em vez de estrela, ser chão!
Recém então aprendi
Que muita gente malvdiz
Sua sorte - instisfeita
Por não saber que é feliz.

E nunca mais invejei
O destino das estrelas
Que só enfeitam a noite
Porque o sol não pode vê-las
As nuvens que submissas
Vão onde o vento as levar
E o ventoque passa triste
Por que não pode voltar!

domingo, 14 de setembro de 2008

1º disco

Das 85 músicas que foram inscritas para a 1ª Califórnia 10 fizeram parte do disco. São elas:

Reflexão, lamento de Colmar Pereira Duarte e Júlio Machado, interpretada pelos Marupiáras.

Canção da Madrugada, canção estilo, música e interpretação de Carlos Castilho.

Mãe Negra, acalanto de Colmar Pereira Duarte e Júlio Machado Filho, interpretada pelos Marupiáras.

Retorno, canção de rio de Telmo de LIma Freitas, interpretada por Edson Otto.

Afirmação, exaltação de João Batista Machado, interpretada pelos Marupiáras.

Prece ao Minuano, canção missioneira de Telmo de Lima Freitas, interpretada por Edson Otto.

Imagens de Minha Terra, exaltação de Jarbas Moreci Teixeira, interpretada pelos Marupiáras.

João Campeiro, chote canção de Apparício Silva Rillo, Jo´se Lewis Bicca, interpretada pelos Angueras.

Tropeando, lamento de Colmar Pereira Duarte e Júlio Machado Filho, interpretada pelos Marupiáras.

Rio Grande Nativo, toada, música e interpretação de Paulinho Pires.

1ª Califórnia

A 1ª Califórnia, em 1971, foi realizada em dois fins de semana. No primeiro, foi realizado as quartas de final, nos dias 8, 9 e 10 de dezembro. Na primeira noite apenas 40 pessoas assistiram as apresentações. Nos dias 17 e 18 aconteceram as semi finais e a final ocorreu dia 19, com 800 pessoas na platéia. Já no primeiro ano do F
Festival 85 músicas foram inscritas.

Premiados

Calhandra de Ouro para Reflexão, de Júlio Machado da Silva e Colmar Pereira Duarte.

2º lugar: Prece ao Minuano, de Telmo de Lima Freitas.

3 lugar: João Campeiro, Apparício Silva Rillo e José Lewis Bicca.

Histórico

No início de 1971 o CTG Sinuelo do Pago, de Uruguaiana, vivia momentos de euforia devido ao sucesso da II Festa da Lã. Mas seu patrão Colmar Pereira Duarte estava insatifesto. Sua música "Abichornado" foi classificada no festival da Rádio São Miguel, na categoria música gaúcha e não popular como acreditava ser Colmar. A partir disso começou a pensar a necessidade de organizar um evento que valorizase a música do Estado.

Colmar Pereira Duarte, o idealizador, sugeriu o nome do festival, Califórnia da Canção Nativa do Rio Grande do Sul, e de Calhandra de Ouro, para símbolo do evento.

Henrique de Freitas LIma, o realizador e 1º presidente. E paixão Côrtes, o principal incentivador e divulgador na capital.

Por que Califórnia?

Palavra de origem controvertida, pode significar conjunto de coisas belas, fortuna, fonte de riqueza, e até caverna profunda. Nos Estados Unidos é designado como corrida do ouro. No RS, como corrida de cavalos em que tomam parte mais de dois animais.

Por que Calhandra de Ouro?

Criado pelo escultor, Paulo Ruschel é o prêmio concedido ao vencedor. Calhandra é uma ave do pampa - pássaro útil e de belo canto, amigo do gaúcho e íntimo das casas de estância e dos fogões. É o símbolo da liberdade, da elegância e da humildade.

Fonte: Autor Desconhecido

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

"Arregaçando as mangas"

A partir desta quinta-feira (11) tenho a pretensão de escrever sobre a Califórnia da Canção Nativa do Rio Grande do Sul neste espaço recem criado.

Em 2002 comecei a pesquisar e xerocar documentos que estavam arquivados no Instituto Gaúcho de Tradição e Folclore, em Porto Alegre. Para minha surpresa a história de Festival está lá guardado, mas claro, em papel, e aos poucos as traças e o tempo deteriovam os quase 40 anos do mais importante e tradicional encontro de músicos nativistas.

Participei como espectador da Califória, no máximo, em dez edições, e minha memória não me ajuda para contar casos e causos. Mesmo assim pretendo a contar a trajetória do evento ano após ano. No meu ritmo, sem atropelos. Afinal, os organizadores não conseguem manter um site.

Vou arregaçar as mangas e aqui publicar a história, os discos, as letras, os ganhadores, os cartazes, e entrevistas.

Gostaria de contar com a colaboração de amigos e conhecidos que circularam pelas ruas da Cidade de Lona.

Vamos lá.