Pedro Guará, autores Cláudio Boeira Garcia e José Cláudio L. Machado. Calhandra de Ouro da 2ª Califórnia da Canção Nativa do RS.
Num lamento, chegou o minuano
anunciando o último inverno
o orvalho chorou nas campinas
e o céu entutou as estrelas
Pedro Guará, sentia mais forte
cheira de terra, o vento, o do sul
entrava no rancho, no calor do braseiro
mateava a espera
do tempo chegar.
Pedro Guará, viveu aragano
campereando manhãs distantes
e passando plantava alegria
o riso ficava quando partia.
Pedro Guará, partiu sem rastro
fruto maduro na volta da terra
rasgando um riso
seu último gesto
sumiu da serra, não vai mais cantar.
sexta-feira, 17 de outubro de 2008
Foi assim a 2ª Califórnia
A 2ª Califórnia aconteceu de 7 a 10 de dezembro de 1972 e teve 36 músicas selecionadas, 21 gêneros musicais e 11 intérpretes. Foram cinco conjuntos musicais e vocais - destaque para Os Tapes com seis participações em Galope Rumo do Sol, Pedro Guará, Funeral Guarany, Gaú-chê, Peão Velho e Entre o Mar e o Pampa há uma Lagoa.
Os premiados:
1º Calhandra de Ouro para Pedro Guará, de Claudio Boeira Garcia e José Cláudio Machado. Interpretação de José Cláudio Machado.
2º lugar: Gaudêncio Sete Luas, de Luiz Coronel e Marco Aurélio Vasconcelos. Interpretação de Lúcia Helena e Leopoldo Rassier.
3º lugar: Cantiga de Rio e Remo, de Apparício Silva Rillo e José G. Lewis Bicca. Interpretação de Os Angueras.
Os premiados:
1º Calhandra de Ouro para Pedro Guará, de Claudio Boeira Garcia e José Cláudio Machado. Interpretação de José Cláudio Machado.
2º lugar: Gaudêncio Sete Luas, de Luiz Coronel e Marco Aurélio Vasconcelos. Interpretação de Lúcia Helena e Leopoldo Rassier.
3º lugar: Cantiga de Rio e Remo, de Apparício Silva Rillo e José G. Lewis Bicca. Interpretação de Os Angueras.
quinta-feira, 16 de outubro de 2008
2º Disco
Canções do Disco
Pedro Guará
Canto de Aurora
Andarengo
Canto de Amanhã
Cantiga de Ausência
Funeral Guarani
Gaudência Sete Luas
Peão Velho
Cantiga de Rio e Remo
Morada
Canto e Lamento do Velho Semeador
Reflexão (repetiçã da 1ª Califórnia)
Pedro Guará
Canto de Aurora
Andarengo
Canto de Amanhã
Cantiga de Ausência
Funeral Guarani
Gaudência Sete Luas
Peão Velho
Cantiga de Rio e Remo
Morada
Canto e Lamento do Velho Semeador
Reflexão (repetiçã da 1ª Califórnia)
quarta-feira, 15 de outubro de 2008
Tempo
O período eleitoral e o ritmo mais intenso de trabalho do que o normal me fez ausente deste espaço. Sabia que estava devendo novas informações sobre a Califórnia, e três fatos reforçaram meu retorno. No último sábado (11), me encontrei no ginásio municipal de Bento com o poeta Pedro Júnior da Fontoura - me cobrou a visita para conversarmos sobre o festival - devo ir essa semana.
Na tarde desta ter (14) recebi uma ligação do compositor e músico de Pelotas, Roberto Borges. Ele queria informações sobre a edição desta ano da Califórnia, repassei os telefones que tinha. E por último, o número de acessos ao blog - foram surpreendentes 22 visitas na segunda, me deram ânimo. Isso tudo sem divulgação.
Mais tarde volto com informações da 2ª edição.
Abraço.
Na tarde desta ter (14) recebi uma ligação do compositor e músico de Pelotas, Roberto Borges. Ele queria informações sobre a edição desta ano da Califórnia, repassei os telefones que tinha. E por último, o número de acessos ao blog - foram surpreendentes 22 visitas na segunda, me deram ânimo. Isso tudo sem divulgação.
Mais tarde volto com informações da 2ª edição.
Abraço.
quinta-feira, 25 de setembro de 2008
Contato
Na tarde desta quinta (25) recebi o seguinte e-mail.
Caro Pedro,
Fico muito grato pelo contato. A proposta desse blog, que em breve vai virar site (isso é novidade!), é agregar informações sobre a Califórnia. Terei a maior satisfação em publicar neste espaço teu trabalho acadêmico.
Abraço.
Estou entrando em contato contigo pelo seguinte motivo: Sou estudante de História da PUCRS, aqui em Porto Alegre e músico. Tenho 21 anos. Estou desenvolvendo um trabalho com a seguinte temática: A I Califórnia da Canção Nativa e a Ditadura Militar. Achei esse assunto bastante instigante, afinal, realizar um festival no ano de 1971 não deve ter sido uma tarefa das mais fáceis.
Gostaria imensamente de poder trocar idéias com você sobre. Qualquer ajuda sua me deixará eternamente grato.
Grande Abraço!
Pedro Leão
Caro Pedro,
Fico muito grato pelo contato. A proposta desse blog, que em breve vai virar site (isso é novidade!), é agregar informações sobre a Califórnia. Terei a maior satisfação em publicar neste espaço teu trabalho acadêmico.
Abraço.
terça-feira, 23 de setembro de 2008
Os personagens da matéria
Folha da Tarde
domingo, 21 de setembro de 2008
Cartaz
Free
Na 1º edição da Califórnia o grupo Os Três Xirus e o Coral de Uruguaiana estiveram à disposição dos concorrentes para o acompanhamento musical e vocal, sem qualquer ônus para os participantes.
Jurados, imprensa e músicos foram hospedados no Hotel Glória, por conta da promoção feita com o CTG Sinuelo do Pago. As Tertúlias foram realizadas no Sinuelo, e sempre que havia necessidade cordeiros eram abatidos para matar a fome dos presentes.
Jurados, imprensa e músicos foram hospedados no Hotel Glória, por conta da promoção feita com o CTG Sinuelo do Pago. As Tertúlias foram realizadas no Sinuelo, e sempre que havia necessidade cordeiros eram abatidos para matar a fome dos presentes.
Reflexão
Reflexão (Colmar Pereira Duarte e Júlio Machado da Silva Filho)
Para fugir a tristeza
Por buscar esquecimento
Desejei ser como o vento
Que vai passando sozinho
Sem repisar um caminho
Sem conhecer paradeiro
Quis ser nuvem ao pampeiro
Ser a estrela que fulgiu
Qui ser as águas do rio
Fazendo inveja às areias
Em seu eterno viajar!
Um dia cansei de andar
E desejei novamente
Em vez de rio ser barranca
En vez de vento, moirão
Em vez de nuvem, semente
Em vez de estrela, ser chão!
Recém então aprendi
Que muita gente malvdiz
Sua sorte - instisfeita
Por não saber que é feliz.
E nunca mais invejei
O destino das estrelas
Que só enfeitam a noite
Porque o sol não pode vê-las
As nuvens que submissas
Vão onde o vento as levar
E o ventoque passa triste
Por que não pode voltar!
Para fugir a tristeza
Por buscar esquecimento
Desejei ser como o vento
Que vai passando sozinho
Sem repisar um caminho
Sem conhecer paradeiro
Quis ser nuvem ao pampeiro
Ser a estrela que fulgiu
Qui ser as águas do rio
Fazendo inveja às areias
Em seu eterno viajar!
Um dia cansei de andar
E desejei novamente
Em vez de rio ser barranca
En vez de vento, moirão
Em vez de nuvem, semente
Em vez de estrela, ser chão!
Recém então aprendi
Que muita gente malvdiz
Sua sorte - instisfeita
Por não saber que é feliz.
E nunca mais invejei
O destino das estrelas
Que só enfeitam a noite
Porque o sol não pode vê-las
As nuvens que submissas
Vão onde o vento as levar
E o ventoque passa triste
Por que não pode voltar!
domingo, 14 de setembro de 2008
1º disco
Das 85 músicas que foram inscritas para a 1ª Califórnia 10 fizeram parte do disco. São elas:
Reflexão, lamento de Colmar Pereira Duarte e Júlio Machado, interpretada pelos Marupiáras.
Canção da Madrugada, canção estilo, música e interpretação de Carlos Castilho.
Mãe Negra, acalanto de Colmar Pereira Duarte e Júlio Machado Filho, interpretada pelos Marupiáras.
Retorno, canção de rio de Telmo de LIma Freitas, interpretada por Edson Otto.
Afirmação, exaltação de João Batista Machado, interpretada pelos Marupiáras.
Prece ao Minuano, canção missioneira de Telmo de Lima Freitas, interpretada por Edson Otto.
Imagens de Minha Terra, exaltação de Jarbas Moreci Teixeira, interpretada pelos Marupiáras.
João Campeiro, chote canção de Apparício Silva Rillo, Jo´se Lewis Bicca, interpretada pelos Angueras.
Tropeando, lamento de Colmar Pereira Duarte e Júlio Machado Filho, interpretada pelos Marupiáras.
Rio Grande Nativo, toada, música e interpretação de Paulinho Pires.
Reflexão, lamento de Colmar Pereira Duarte e Júlio Machado, interpretada pelos Marupiáras.
Canção da Madrugada, canção estilo, música e interpretação de Carlos Castilho.
Mãe Negra, acalanto de Colmar Pereira Duarte e Júlio Machado Filho, interpretada pelos Marupiáras.
Retorno, canção de rio de Telmo de LIma Freitas, interpretada por Edson Otto.
Afirmação, exaltação de João Batista Machado, interpretada pelos Marupiáras.
Prece ao Minuano, canção missioneira de Telmo de Lima Freitas, interpretada por Edson Otto.
Imagens de Minha Terra, exaltação de Jarbas Moreci Teixeira, interpretada pelos Marupiáras.
João Campeiro, chote canção de Apparício Silva Rillo, Jo´se Lewis Bicca, interpretada pelos Angueras.
Tropeando, lamento de Colmar Pereira Duarte e Júlio Machado Filho, interpretada pelos Marupiáras.
Rio Grande Nativo, toada, música e interpretação de Paulinho Pires.
1ª Califórnia
A 1ª Califórnia, em 1971, foi realizada em dois fins de semana. No primeiro, foi realizado as quartas de final, nos dias 8, 9 e 10 de dezembro. Na primeira noite apenas 40 pessoas assistiram as apresentações. Nos dias 17 e 18 aconteceram as semi finais e a final ocorreu dia 19, com 800 pessoas na platéia. Já no primeiro ano do F
Festival 85 músicas foram inscritas.
Premiados
Calhandra de Ouro para Reflexão, de Júlio Machado da Silva e Colmar Pereira Duarte.
2º lugar: Prece ao Minuano, de Telmo de Lima Freitas.
3 lugar: João Campeiro, Apparício Silva Rillo e José Lewis Bicca.
Festival 85 músicas foram inscritas.
Premiados
Calhandra de Ouro para Reflexão, de Júlio Machado da Silva e Colmar Pereira Duarte.
2º lugar: Prece ao Minuano, de Telmo de Lima Freitas.
3 lugar: João Campeiro, Apparício Silva Rillo e José Lewis Bicca.
Histórico
No início de 1971 o CTG Sinuelo do Pago, de Uruguaiana, vivia momentos de euforia devido ao sucesso da II Festa da Lã. Mas seu patrão Colmar Pereira Duarte estava insatifesto. Sua música "Abichornado" foi classificada no festival da Rádio São Miguel, na categoria música gaúcha e não popular como acreditava ser Colmar. A partir disso começou a pensar a necessidade de organizar um evento que valorizase a música do Estado.
Colmar Pereira Duarte, o idealizador, sugeriu o nome do festival, Califórnia da Canção Nativa do Rio Grande do Sul, e de Calhandra de Ouro, para símbolo do evento.
Henrique de Freitas LIma, o realizador e 1º presidente. E paixão Côrtes, o principal incentivador e divulgador na capital.
Por que Califórnia?
Palavra de origem controvertida, pode significar conjunto de coisas belas, fortuna, fonte de riqueza, e até caverna profunda. Nos Estados Unidos é designado como corrida do ouro. No RS, como corrida de cavalos em que tomam parte mais de dois animais.
Por que Calhandra de Ouro?
Criado pelo escultor, Paulo Ruschel é o prêmio concedido ao vencedor. Calhandra é uma ave do pampa - pássaro útil e de belo canto, amigo do gaúcho e íntimo das casas de estância e dos fogões. É o símbolo da liberdade, da elegância e da humildade.
Fonte: Autor Desconhecido
Colmar Pereira Duarte, o idealizador, sugeriu o nome do festival, Califórnia da Canção Nativa do Rio Grande do Sul, e de Calhandra de Ouro, para símbolo do evento.
Henrique de Freitas LIma, o realizador e 1º presidente. E paixão Côrtes, o principal incentivador e divulgador na capital.
Por que Califórnia?
Palavra de origem controvertida, pode significar conjunto de coisas belas, fortuna, fonte de riqueza, e até caverna profunda. Nos Estados Unidos é designado como corrida do ouro. No RS, como corrida de cavalos em que tomam parte mais de dois animais.
Por que Calhandra de Ouro?
Criado pelo escultor, Paulo Ruschel é o prêmio concedido ao vencedor. Calhandra é uma ave do pampa - pássaro útil e de belo canto, amigo do gaúcho e íntimo das casas de estância e dos fogões. É o símbolo da liberdade, da elegância e da humildade.
Fonte: Autor Desconhecido
quinta-feira, 11 de setembro de 2008
"Arregaçando as mangas"
A partir desta quinta-feira (11) tenho a pretensão de escrever sobre a Califórnia da Canção Nativa do Rio Grande do Sul neste espaço recem criado.
Em 2002 comecei a pesquisar e xerocar documentos que estavam arquivados no Instituto Gaúcho de Tradição e Folclore, em Porto Alegre. Para minha surpresa a história de Festival está lá guardado, mas claro, em papel, e aos poucos as traças e o tempo deteriovam os quase 40 anos do mais importante e tradicional encontro de músicos nativistas.
Participei como espectador da Califória, no máximo, em dez edições, e minha memória não me ajuda para contar casos e causos. Mesmo assim pretendo a contar a trajetória do evento ano após ano. No meu ritmo, sem atropelos. Afinal, os organizadores não conseguem manter um site.
Vou arregaçar as mangas e aqui publicar a história, os discos, as letras, os ganhadores, os cartazes, e entrevistas.
Gostaria de contar com a colaboração de amigos e conhecidos que circularam pelas ruas da Cidade de Lona.
Vamos lá.
Em 2002 comecei a pesquisar e xerocar documentos que estavam arquivados no Instituto Gaúcho de Tradição e Folclore, em Porto Alegre. Para minha surpresa a história de Festival está lá guardado, mas claro, em papel, e aos poucos as traças e o tempo deteriovam os quase 40 anos do mais importante e tradicional encontro de músicos nativistas.
Participei como espectador da Califória, no máximo, em dez edições, e minha memória não me ajuda para contar casos e causos. Mesmo assim pretendo a contar a trajetória do evento ano após ano. No meu ritmo, sem atropelos. Afinal, os organizadores não conseguem manter um site.
Vou arregaçar as mangas e aqui publicar a história, os discos, as letras, os ganhadores, os cartazes, e entrevistas.
Gostaria de contar com a colaboração de amigos e conhecidos que circularam pelas ruas da Cidade de Lona.
Vamos lá.
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